domingo, 8 de fevereiro de 2009

dEsEn(cAntO)

Aqui vai o 1º Rolando Villazón




É triste ver uma voz que há cerca de 40 meses cantou um Alfredo fantástico em Salzburg e agora, pela segunda vez, tem que interromper a carreira pois a voz está desfeita.
Porquê?
A resposta será difícil de obter mas poderemos adiantar algumas hipóteses:
-estar a cantar demasiado;
-estar a cantar personagens não para o seu fach;
-estar a cantar personagens para o seu fach mas sem o amadurecimento vocal necessário;
-outros.

Factos:
-Villazón canta muito (cansaço/fadiga vocal);
-Villazón está constantemente a variar de repertório;
-Villazón como já foi apelidado de o novo Domingo, tentou colar-se ao repertório deste mas esqueceu-se que o plácido Domingo leva uns anitos de avanço;
-deve ter um agente ávido de dinheiro.

É pena isto estar a acontecer, mas cada vez mais é um problema recorrente nos novos cantores, carreiras curtas e são esmifrados até ao tutano.
O tenor Paul Young, que comigo esteve na Suécia no verão passado, está a fazer o PhD dele na área da performance, nomeadamente sobre o encurtamento das carreiras nos cantores clássicos, diz que este problema vai agudizar-se ainda mais. Não é o primeiro mas talvez seja de 
momento aquele que mais se fala.
É muito triste ver uma voz assim começar-se a extinguir-se em 4 anos. 
Nas gravações que circularam da Lucia no Met, às vezes parecia afogar-se.

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