sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

cAntO

Para mim e para mais alguns, Laura Sarti incluída, a melhor cantora de sempre (muito sinceramente não encontro ninguém na lírica com o trajecto da sra.) e hoje cumpre mais uma aniversário natalício, La Prudentisima, Mirella Freni.
Sra. de uma vocalidade assombrante, inicia a carreira longuíssima como soubrette e termina com spinto. É já conhecida como a prudente porque soube gerir muito bem a sua vocalidade o que a obrigou a dizer não a Karajan a não cantar Cio-Cio-San em palco e diz-se que a Turandot.

"A"Desdemona de referência.

Freni nos seus muitos registos comerciais oferece-nos verdadeiras pérolas do canto. Há um registo que «amo» perdidamente o Requiem de Verdi sob a direcção de Karajan (1972). Há também disponíveis (mais ou menos) pela net registos, não editados comercialmente, de gravações radiofónicas e de transmissões televisivas deliciosas.
Ouvir esta sra. cantar é uma lição de canto que não há dinheiro que pague.

Os dois filhos de Modena em 1969 ao vivo.

"At a "Carmen" performance in Salzburg, during Micaëla's aria "Je dis que rien ne m'épouvante" in the third act, Karajan stopped, and instead of conducting he leaned on the podium's baluster, and indicated to the orchestra to follow Mirella's voice.

Karajan said that the first time he listened to Mirella he was literally struck by her voice. He also said that if he were born a singer he would have been Mirella Freni.In Karajan she found a kindred soul who cultivated her like a delicate plant and fostered her international career.

After Karajan's death, Mirella recalled her first "Bohème" at La Scala: "Karajan, with tears in his eyes, embraced me, saying: 'This is the second time in my life that I weep; the first was at my mother's death'." "

in http://web.telia.com/~u17130144/biography.html

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ÓpErA/pOrtUgAl

E mais umas Bodas em Portugal desta feita no Cine-Teatro do Montijo. Será que esta gente não sabe que há mais óperas de Mozart e algumas com situações hilariantes tais como os finais da La Finta Giardiniera entre as outras óperas cómicas. Francamente.
Mais uma vez o programa da manhã da Antena2, no seu melhor ao dar destaque a uma versão que pelo que descreveram............., não há justificação que justifique a falta de brio que aquela emissora tem tido ultimamente. Dar destaque de 30m. ou mais, a um acontecimento só porque é na metrópole?e o resto do país?
A OperaNorte ressuscitou uma partitura de uma ópera portuguesa e anda em digressão pelo norte do país há já 2 meses, quantas vezes foi referido na Antena2, zero! Em que tempo vivemos, na altura colonial onde havia a metrópole e a província? Francamente não sei as pessoas em Lisboa devem ter um complexo qualquer de superioridade/mediocridade para se acharem melhor merda que os outros. Mas a história conta-nos que sempre foi assim.
Enfim.......

Já agora sr. Mário Redondo, teatro musical exige bons cantores/actores e lá porque a partitura é mais exigente não terão que ser cantores clássicos a fazê-lo.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

cAntO

Já não ouvia esta sra. há algum tempo, Maria Stader, a referência em Mozart durante a II GG e pós a mesma.

A diabólica ária de inicio da cantata 51 Jauchzet Gott in allen Landen de JSBach.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

AntEnA2

No passado domingo entre as 17h40 e as 18h00 deu o 2º (de 3) programa dedicado à Antena2 no EM NOME DO OUVINTE.
O programa baseou-se numa série de cartas e artigos escritos pelo prof.º Mário Vieira de Carvalho em cartas dirigidas ao provedor do ouvinte e cartas publicadas na imprensa.
A defesa esteve a cargo do director adjunto João Almeida. A defesa foi francamente muito má. Justificou o injustificável e logicamente não houve contra argumentação. O sr. nunca foi das minhas escolhas mas com as respostas dadas.................
Esperamos pela 3ª parte este domingo às 17h40.

A ver vamos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

dIscO


Talvez o disco mais esperado da temporada, I Capuleti e i Montecchi de Bellini, numa gravação de Abril de 2008 sob a direcção de Fabio Luisi com Anna Netrebko e Elina Garanca.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

cAntO

Ontem ao deitar-me, ouvi na Antena2, um dos grandes tenores do final do séc. XX e início do séc XXI cantar magistralmente o Serenade de Britten. Depois custou-me adormecer dada a excitação de ter ouvido o ciclo tão bem interpretado. Deixo um vídeo/áudio do mesmo a cantar uma das árias mais difíceis de Mozart para tenor.
Infelizmente Anthony Rolfe-Johnson, está retirado por motivo de doença degenerativa, mas existem registos áudio e vídeo que nos permitem comprovar a riqueza do seu canto. O seu último concerto foi Evangelist na Matthäus-Passion, quem ouviu diz que foi o seu canto de cisne.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

3º cOncUrsO cAntO lÍrIcO

Recebi via correio electrónico o regulamento do, já conhecido, concurso de canto dos "rotários".
O regulamento é estranho, mas o que ressalta é a escolha do repertório de ópera como peças obrigatórias.
Olha-se para o soprano e fica-se logo de cara à banda; a Despina um Soubrette é como o outro agora a Fiordiligi um Dramatischer Koloratursopran???, não percebo sinceramente. E o fach lírico, o mais abundante é o que aparece nas idades em que está delimitada a idade das concorrentes?
A Dorabella é um papel de um soprano lírico, um lírico bem largo, basta olhar para a escrita na partitura e a própria indicação escrita pelo autor na mesma para se perceber que não é para uma voz média. Porque não, para ficarmos em Mozart, um Sesto, um Farnace, um Annio, um Idamante................
Quanto aos tenores acho que as escolhas estão bem, mas poderiam alargar o leque com, por exemplo, a ária do Monostatos, as árias do Arbace (Idomeneo).
Barítonos, outro tiro nos pés, cadé o Conde? o Don Giovanni....................
Baixos se estão numa de Cosi, o Don Alfonso???
Como podem ler a lista de desastres é grande.

Lembrei-me agora nos sopranos a ária do tira teimas, como é conhecida, a ária da Servilia.

Outra questão, o júri deveria ser o mesmo nas eliminatórias e a precedência........do global escolhiam-se os finalistas ou semi-finalistas.

Outra questão, não vi (se calhar até está) a questão de no júri haver prof.s dos concorrentes, percebem?

...

zEItgEIst

Bom para que tiver 2 horas para ver.
Aguardo comentários.

tEAtrO

Ontem vi no Teatro Helena Sá e Costa, BOTOX, uma nova criação do 1º Andar.
Adorei. A encenação muito bem conseguida, as interpretações bem caracterizadas, uma cenografia parca mas a necessária. Sobresairam os textos.
2 textos novos muito bem escritos.
Não conto mais, para irem ver. 
Até ao final da semana no THSC na ESMAE do Porto.

Convêm reservar atempadamente.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

frUtA dA ÉpOcA

Pois é uma virose atacou sem avisar o meu computador.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

cInEmA

E finalmente fui ver.
Gostei imenso, interpretações brilhantes, um set super bem construído, uma fotografia extraordinária.
A ver, sem hesitar.
Sean Penn em grande.

yOUtUbE

Este video já tem uns tempos, alguns podem achar estúpido mas eu, acho lhe piada até porque vi o video original e pude ter uma reacção pior. Esta é talvez a reacção mais engraçada que vi pelo YouTube.
O que se passa é o seguinte: é mostrado as pessoas um trailer do filme 2 girls 1 cup, de 1 min.. O video é brasileiro e é um filme de coprofagia e a piada está na reacção das pessoas. Isto começou nos EUA e não chegou cá o fenómeno, já tem para aí uns 2 anos.

yOUtUbE

Depois mais tarde não se queixem.....

domingo, 8 de fevereiro de 2009

dEsEn(cAntO)

Aqui vai o 1º Rolando Villazón




É triste ver uma voz que há cerca de 40 meses cantou um Alfredo fantástico em Salzburg e agora, pela segunda vez, tem que interromper a carreira pois a voz está desfeita.
Porquê?
A resposta será difícil de obter mas poderemos adiantar algumas hipóteses:
-estar a cantar demasiado;
-estar a cantar personagens não para o seu fach;
-estar a cantar personagens para o seu fach mas sem o amadurecimento vocal necessário;
-outros.

Factos:
-Villazón canta muito (cansaço/fadiga vocal);
-Villazón está constantemente a variar de repertório;
-Villazón como já foi apelidado de o novo Domingo, tentou colar-se ao repertório deste mas esqueceu-se que o plácido Domingo leva uns anitos de avanço;
-deve ter um agente ávido de dinheiro.

É pena isto estar a acontecer, mas cada vez mais é um problema recorrente nos novos cantores, carreiras curtas e são esmifrados até ao tutano.
O tenor Paul Young, que comigo esteve na Suécia no verão passado, está a fazer o PhD dele na área da performance, nomeadamente sobre o encurtamento das carreiras nos cantores clássicos, diz que este problema vai agudizar-se ainda mais. Não é o primeiro mas talvez seja de 
momento aquele que mais se fala.
É muito triste ver uma voz assim começar-se a extinguir-se em 4 anos. 
Nas gravações que circularam da Lucia no Met, às vezes parecia afogar-se.

OntEm

Ontem ouvi pela Antena2, a transmissão radiofónica mais aguardada da temporada: a Lucia di Lammermoor do Met de New York. Uma récita envolta em polémica devido à desistência de Rolando Villazón (diz-se por doença), mas 2 récitas anteriores desastrosas, mostram a todos que o que realmente se passa é que o sr. não está nada bem (vou dedicar-lhe um post). E por outro lado o estarem sempre a pôr em causa a vocalidade de Anna Netrebko. Como bem disse Ana Paula Russo num dos poucos comentários à récita com algum sentido, este papel pode ser abarcado por um número mais abrangente de diferentes fach's, dentro dos sopranos. A tradição é que foi requerendo vozes mais de coloratura para abarcar esta personagem, Callas e Sutherland marcam de tal forma a interpretação que são a referência. Outro factor, os americanos sempre apreciaram vozes mais leves, ou seja, de um fach mais lírico em contraste com os alemães e o resto da Europa de leste mais helden fach's. Esta produção havia sido estreada por Natalie Dessay entremeada por Annick Massis, dois Koloratursoubrette franceses. A temporada passada pela alemã Diana Damrau, também ela um Koloratursoubrette e agora Anna Netrebko um lírico (pesadito).
O cast esteve esplêndido salientam-se Netrebko, com um crescente dramático absolutamente assustador e o tenor substituto Piotr Beczala, que já havia sido o Edgardo de Dessay. Depois de tanto se ter escrito sobre os Mi's b falhados dela nas récitas anteriores, notava-se o nervosismo e o pânico na cena da loucura e acabou por não o cantar no final da ária mas cantou um si b dos mais bonitos que alguma vez ouvi. No final da caballeta cantou o mib e fez o Met cair. As pessoas vão ouvir música ou ao circo ouvir acrobacias?
A récita de ontem foi, mais uma vez, transmitida em HD para alguns teatros espalhados pelo mundo. Portugal? nem devem saber o que isso é? porque não fazer o mesmo? vi a ópera do Emanuel Nunes assim (devo dizer em muito má qualidade).
Outra coisa que me ficou de ontem foram os comentários feitos pelos intervenientes portugueses, Ana Paula Russo e um horrível André Cunha Leal.
1ºexiste algo chamado Internet que nos permite ter acesso à informação daquilo que está a acontecer no mundo da lírica, a blogosfera é uma comunidade de discussão a ter em conta;
2ºfalaram do caso do Villazón, como se ele estivesse com gripe, quando o sr. já esteve parado uma vez por causa de graves problemas vocais;
3ºum desconhecimento das transmissões HD do Met e posterior lançamento destas récitas em suporte digital Dvd ou outros;
4ºcomentários e observações de André Cunha Leal de bradar aos céus;
5ºperguntas sem sentido........................
No geral a música muito bem tocada (Dessay disse que a orquestra do Met era a melhor do mundo) bem cantada.
Agora é só esperar pelo Dvd.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

EncEnAçÃO

Outra nova a ver se pega.
Vou começar pelo grande David McVicar, encenador escocês (que chegou a ter aulas com a Pat), é o encenador da moda. Vi na ENO em Dezembro de 2007 um "The turn of the srew" de topo, com uma Ann Murray que muito me surpreendeu.
Este video que vos deixo é talvez a morte mais bonita que vi em palco. É a cena da morte da Semele de GFHandel cantada pela não menos fantástica Annick Massis. 

cInEmA (dOsE dUplA)

Pois foi, ontem foi dia de ir ao cinema a dobrar, lol. Depois de almoço e depois de jantar.
Changeling e Vicky Cristina Barcelona. Dois registos muito diferentes o 1º um dramalhão o 2º uma comédia de domingo à tarde.
Changeling/A Troca, foi para mim o melhor do dia o filme está magistralmente dirigido por Clint Eastwood, que pasmam-se, compôs a banda sonora. Não sei se o problema era da cópia, mas na sala onde o visionei muitas vezes parecia que saltava a cópia. Gostei do trabalho de direcção de actores, Angelina muito bem dentro da personagem e um John Malkovich irreprensível. Cenários fantásticos e um argumento bem estruturado, não cansa ver o filme.

Vicky Cristina Barcelona, foi um flop. Woody Allen aqui é mais um contador de estórias que outra coisa. O filme mostra o contraste EUA/Europa na forma de estar perante a vida, e é isso. Tem algumas situações hilariantes e só. Dá para matar saudades de Barcelona pelas paisagens que aparecem. Não percebo a nomeação de Penélope Cruz para o Óscar de melhor secundária, por uma mulher histérica e descontrolada?