quarta-feira, 29 de outubro de 2008

cAntO

Passa hoje mais um aniversário sobre o cada vez mais, por mim, amado Franco Corelli. Acho que deve ser recordado, 1º é tenor, 2º  definitivamente cantava sublimemente.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

cAntO

Nova secção, a ver se pega, onde vou pôr gente a cantar.
Começo pela grande Cristina Deutekom, Dramatischer Koloratursopran onde ganhou reconhecimento, principalmente pelas suas Köningin der Nacht da Die Zauberflöte de Mozart. Com o amadurecer natural da sua voz abarcou papeis mais pesados do repertório tais como Verdi e bel-canto italiano do séc. XIX.



o melhor da sra em causa

cOnsIdErAçÕEs

Como é sabido estive à bem pouco tempo em Londres, aproveitei ao máximo para ver tudo o que me era possível nos dias em que lá estive. Teatro, ópera, recitais e visitas aos museus e outros espaços culturais......
Duas noites seguidas na ENO, três óperas, Cavalleria rusticana, Pagliacci e Partenope, todas cantadas em inglês.

1ª noite 15 de Outubro Cavalleria e Pagliacci
Ambos os elencos eram bastante bons mas o do Pagliacci melhor e essa ópera tambem funcionou melhor em inglês, excelente trabalho de tradução e escrita de algumas partes com situações e expressões idiomáticas.
O cast da Cavalleria era bom, talvez para o barítono Roland Wood a personagem seja ainda cedo, uma Mamma Lucia (Kathleen Wilkinson) fantástica que no final em vez de cantar o lá escrito canta o dó escrito para a Santuzza abafando o resto do elenco. Muito bem encenado o cenário simples mas que cumpria a ideia do encenador. A cena foi localizada nos anos 30/40 do séc. XX talvez antes da 2ª GG. O cenário tinha o necessário e tudo tinha um sentido unificador na estória.
O melhor de tudo o coro. Ouvi o melhor coro de ópera, alguma vez por mim ouvido ao vivo. Brilhante poderoso super preciso, mesmo fora de cena e a abandonar a cena.
Um espectáculo + de 4 estrelas.
O cast do Pagliacci era excelente, enquanto actores e enquanto cantores, a cena tem lugar num qualquer teatro de província inglesa nos anos 70 do séc XX. Mais uma vez o coro esteve fantástico e sobressaiu do elenco o barítono Christopher Turner. A terrível ária do tenor precedida no não menos terrível recitativo, Recitar, foi bem cantada e bem posta em cena. A cena final foi hilariante, a cena é trágica mas estava de tal forma tão bem conseguida que conseguiu arrancar uma gargalhada do público inglês. O cenário bem conseguido, bem construído e uma direcção musical assinalável nas duas óperas.
2ª noite Partenope de Handel.
Cast superlativo, direcção musical arrebatadora com instrumentação antiga. 5 estrelas.
A cena estava localizada nos anos 20 em Paris de França, cenário fantástico, figurinos adequados e movimentação em cena absolutamente a que tinha que ser. Existe um trabalho fantástico dos actores/cantores que não cuibem de deixar de fazer alguns malabarismos enquanto cantam.
O 2º acto da ópera é diabólico recitativo-ária de bravura o tempo todo e para todos. Destacou-se do muito bom, de todos, Christine Rice que já tinha visto cantar nesta mesma sala o Nerone da Agrippina de Handel.
Quem tiver oportunidade de ir a Londres entretanto vá a ENO, que fica no Coliseu de Londres, pois esta produção está em cena até 12 de Novembro.
Cast: John Mark Ainsley, Rosemary Joshua, Christine Rice, Iestyn Davies, Patricia Bardon e James Gower.
Vale mesmo a pena ir, são três horas de meia de espectáculo fantástico.

OrgUlhO nAcIOnAl


Quadro de honra da Guildhall School of Music and Drama em Londres. Uma das mais prestigiadas escolas artisticas mundiais. Trata-se da Gold Medal atribuida na categoria de interpretação à portuguesa Beatriz Betarda que concorreu, enquanto aluna da escola, contra os colegas nativos e falantes do inglês como 1º língua. É um orgulho entrar na GSMD e ver o nome dela lá inscrito, bem como alento para os portugueses que lá estudam.

sábado, 25 de outubro de 2008

cOnsIdErAçÕEs

Começo pelo fim, as minhas incursões recentes pelo mundo da lírica nacional e londrina.

Ontem estive no Coliseu a assistir à produção do Teatro da Trindade da ópera «O Elixir do Amor» em português, a ópera foi composta por Gaetano Donizetti e estreada em Maio de 1832.
A produção de ontem, que começou digressão pelo Porto depois de residência em Lisboa, conta com uma encenação, HORRÍVEL, de Maria Emília Correia.
Do elenco não vou falar, pois esteve bem dadas as circunstâncias, tirando o facto de o papel de Belcore estar a ser cantado por um tenor que pensa que é barítono. A direcção musical cumpriu mas pecou pelo facto de não ter permitido cedendos no canto, principalmente nas árias e nas cadências. Faltou-lhe a característica principal deste tipo de repertório, da ópera italiana do séc. XIX de resto, cumpriu e bem. Terá sido o maestro a não permitir cadenciar para cima? se assim foi temos em vista um novo Mutti. O coro esteve muito bem, super correcto musicalmente e com uma fusão assinalável.

Agora o pior,  a encenação e tudo que ela envolve.
Foi tão má que pela primeira vez na vida "buei" uma encenação (não que eu tenha alguma vez "buado" algum espectáculo. Deu vontade à 'boa' maneira italiana de a chamar "putana da Granja". Um espectáculo deplorável como nunca tina visto num palco de um teatro. Tento encontrar adjectivos para o descrever mas o único que sai não é adjectivo é um substantivo feminino, merda. Uma falta de gosto atroz, actores/cantores mal dirigidos.
O público do Porto tem por hábito acolher bem o teatro lírico, não fosse uma tradição já secular, no intervalo do espectáculo era evidente o descontentamento e alguma perplexidade pelo espectáculo deplorável que estava a assistir. Houve gente que não voltou à sala após o intervalo. Eu só fiquei por consideração aos cantores, alguns colegas de universidade, pois se foram os únicos que naquela amalgama de mau gosto mesmo assim conseguiram impor-se.
Daquilo que foi percebendo a cena passar-se-ia à beira-mar, algures numas dunas. Explique-me sra. encenadora o cortador de relva numa das últimas cenas da ópera. Explique-me por favor a hélice de uma torre eólica no final. Explique-me a brejeirisse nas piadas de cariz sexual. Explique-me o friso com tubos de ensaio e outra parafernália laboratorial numa das cenas. Explique-me os detergentes, agentes corrosivos, que eram ingeridos pelos actores como se de substâncias bebíveis se tratassem; ter em atenção as crianças que assistiam e o facto das embalagens serem de produtos conhecidos e facilmente encontrados em qualquer casa.
A lista é de alguma forma interminável...
Pergunto-me como é que com tanto dinheiro, o luxo dos cenários e seus adereços era evidente, se constroi um espectáculo tão deplorável. Só mesmo em Portugal este tipo de espectáculos é possível.
Devo salientar que o director do Teatro Nacional à pouco exonerado do cargo, pelo que sei por incompetência, era a 9ª vez que via o espectáculo e cada vez mais adorava o espectáculo. Estamos entregues aos bichos.
Quer parecer-me que quem gere as artes neste país é gente completamente incluída nesta cultura vigente em Portugal do mau gosto, incompetência e desprovidos de cérebro.

Infelizmente isto parece não acabar, a sra. visada vai encenar no Teatro de São Carlos uma das óperas de repertório de referencia Don Giovanni de Mozart. Sem mais comentários.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

vIAgEns




Tal como já tinha dito, fui a magnífica cidade de Londres na semana que passou. De 14 a 18 deste mês. Viagem hiper barata, e viva os low cost, e estada super interessante, concertos, récitas, peças de teatros.....................um espectáculo. E claro na companhia de amigos que por lá andam a estudar, na terra da minha prima Elizabete. LoL.

vIAgEns




Estive em Itália numa curta estada, fui 4ª e voltei 6ª, para um acontecimento muito importante. O casório do meu grande amigo Tiago Cassola.

vOltEI


Olá a todos!
Voltei, de duas formas ao blog e a casa.